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Caio Ribeiro critica uso de bilhetes por Ceni: "Preleção serve para isso"

Comentarista vê entrega de "recadinhos" como apelo e diz que time já deveria saber o que fazer em caso de mudança tática: "Está diminuindo os jogadores"

Pratto recebe bilhete de Ceni (Foto: Reprodução SporTV)

Ex-goleiro do São Paulo, Rogério Ceni adotou o método do ex-treinador Juan Carlos Osorio e também passou a utilizar bilhetes como meio de comunicação com os jogadores durante as partidas, como fez com Lucas Pratto, na última quarta-feira, em jogo da Sul-Americana. O método foi criticado pelo comentarista Caio Ribeiro no "Seleção SporTV". Para o ex-jogador, o ex-goleiro deveria passar as orientações sobre possíveis mudanças táticas antes da partida e não da maneira como fez.

- Não gosto dessa postura, não acho legal você dar um papel no meio do jogo. Primeiro porque tira a concentração. Gosto muito do Rogério (Ceni), acho que tem conceitos muito bacanas e ainda está aprendendo na profissão e tem tudo para dar certo, não só pela idolatria, mas pela forma como tem conduzido a coisa. Agora, quando você vai para um jogo desse, a preleção serve para isso, o treinamento serve para isso. Você fala: "vou trabalhar de duas maneiras, vou entrar com três zagueiros, se o jogo se apresentar de outra maneira, vou fazer tal substituição e vamos treinar essa segunda substituição, e com um sinal vocês sabem o que tem que ser feito dentro de campo". Quando você tem que apelar para o papel, você está até diminuindo de certa maneira os jogadores, não acho legal - criticou.



Embora já tenha usado o recurso, Ceni chamou atenção pelo tamanho do bilhete, alcançado a Lucas Pratto na partida contra o Defensa y Justicia, pela primeira fase da Copa Sul-Americana. O recado incluía orientações sobre a disposição tática dos jogadores e foi repassada pelo argentino aos companheiros.

Assim como Caio Ribeiro, o comentarista Wagner Vilaron também criticou o método e disse que a necessidade é motivo de preocupação.

- Você entra com uma formação com três zagueiros, no meio do jogo percebe que o time adversário é frágil e você pode atacar um pouco mais, reforçar o meio-campo, e não tem isso claro na cabeça do jogador, como fazer essa transição? Tem que explicar tanto a ponto de chegar a redigir um papelzinho?

Na minha cabeça isso tinha que ser automático: "estamos com formação tal, em determinada situação vamos mudar para tal", e os caras já sabem o que fazer. Não precisa essa questão de ficar gritando, ou ter que ficar escrevendo papelzinho. Isso foi o que mais me preocupou no São Paulo - afirmou.

Questionado após o jogo, que terminou empatado em 0 a 0, Rogério Ceni explicou que estava com a garganta inflamada e adotou o bilhete pela impossibilidade de gritar com seus comandados.

A partida de volta será dia 11 de maio, às 21h45, no estádio do Morumbi. Novo empate sem gols leva a decisão da vaga para os pênaltis. Igualdades com gols dá a classificação ao Defensa y Justicia. Quem vencer, avança.

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