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Capitão de Ceni por um dia, ex-São Paulo enfrenta antigo companheiro e revela mágoa com clube do Morumbi

Zagueiro Edson Silva foi o capitão do São Paulo contra o Vitória

Foram quatro anos defendendo as cores do São Paulo, uma Copa Sul-Americana no currículo, um vice do Brasileiro, 118 jogos e sete gols. Uma história que deixa o zagueiro Edson Silva, 30, orgullhoso e ao mesmo tempo triste.



"Chateado porque quando sai não vieram falar comigo. Nem para agradecer pelos quatro anos que passei por lá. Por mais que cada um tenha uma opinião, a diretoria que estava naquele momento não falou comigo. Ficar tanto tempo no São Paulo é para poucos. Eu me sinto honrado por ter vivido lá. Me fez ser o Edson Silva que sou. Muita gente fala do Edson Silva que jogou no São Paulo, sou conhecido assim. É uma honra ter feito parte disso. E agradeço demais aos funcionários e amigos que fiz por lá", disse o zagueiro, ao ESPN.com.br.

Neste sábado, o defensor terá a chance de reencontrar o clube no qual viveu o auge da carreira. O Mirassol visitará o São Paulo, no Morumbi, pela quarta rodada do Paulista. E Edson Silva será titular no time sensação da temporada - tem a melhor campanha do torneio, com três vitórias em três jogos e 100% aproveitamento.

Para o zagueiro será um duelo especial não apenas por ser diante do ex-clube, mas porque do outro lado estará Rogério Ceni, antigo companheiro, e que já cedeu a faixa de capitão do São Paulo, aquela que vestiu 982 vezes, a Edson Silva.

"Foi em um jogo contra o Vitória, no Morumbi. Ele achou melhor passar a braçadeira para mim. Ele sempre foi o capitão do São Paulo, está na história do clube por isso. Então, foi uma honra receber a faixa dele. Sempre será o 'Mito' do São Paulo, um baita profissional e que faz jus a tudo que ganhou", exaltou Edson Silva sobre Ceni.

"Esse reencontro com o São Paulo vai ser muito emocionante para mim. Será muito gratificante por ser meu ex-clube e por ser o Rogério. Aprendi a gostar muito do São Paulo. É um clube que te oferece todas as condições de trabalho. Tenho muito carinho, mas na hora do jogo é nosso ganha pão e cada um vai correr para o seu lado. Irei dar um abraço no Rogério, mas quero fazer um grande jogo e vencer a partida".

Lembranças alegres e tristes

Não é apenas da faixa de capitão no duelo contra o Vitória, em 10 de novembro de 2014, em um triunfo por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro, que o experiente jogador irá se recordar.

"No primeiro ano de São Paulo, em 2012, fomos campeões da Sul-Americana, mas o melhor ano foi 2014. Meu melhor ano individual também. Tive a maior sequência de jogos. Montamos um timaço e fomos vice-campeões do Brasileiro. Só não fomos campeões porque vacilamos contra adversários menores e perdemos pontos que não deveríamos."

A última temporada pelo São Paulo, porém, foi difícil. O time caiu nas oitavas de final da Libertadores, teve boa parte dos jogadores do elenco vendidos no meio do ano e fez um Brasileiro com altos e baixos, chegando a ser goleado por 6 a 1 pelo Corinthians.

"Em 2015, ainda tínhamos um time bom. Mas tivemos problemas. Mesmo assim, ainda conseguimos a vaga na Libertadores. Mas algumas coisas acontecem para a gente ficar mais cascudos e aprendermos."

"Ainda hoje escuto de torcedores que gostavam de me ver jogando. Dizem que eu era um cara muto sério. Se um dia tiver a chance de voltar ao São Paulo eu iria com o maior prazer e de cabeça erguida. Tenho saudades", completou o defensor.

Apelido e risadas

Edson Silva justificou que o motivo que o mais fez ter saudades do São Paulo eram as brincadeiras com os companheiros de time, como Pato e Antônio Carlos.

"No futebol fazemos muitas amizades. E lá foi assim. Eles me chamavam de Cabeção. Eu dava muita risada com eles. Adoro uma resenha. Quem mais pegava no meu pé era o Jadson, que era muito brincalhão. O Pato era muito gente boa. Um outro cara sacana, apelidava todo mundo. A gente se divertia como uma família. A gente passa a maior parte do tempo com os companheiros e precisa ter um bom ambiente."

"Eu sempre fui um jogador de grupo, sendo titular ou sendo reserva sempre fiquei igual. Nunca mudei meu jeito de ser. Esperei por muito tempo na reserva. Eu agarrei minha chance quando apareceu e permaneci na equipe titular por causa do Muricy Ramalho. Ele é um cara muito correto", concluiu o zagueiro do Mirassol.

Começo difícil e escolha pelo São Paulo

Ao falar do São Paulo, Edson Silva acabou relembrando do início de sua vida, na cidade de Palmares, no interior de Pernambuco, até chegar ao clube do Morumbi."Eu gostava de jogar bola. Tive uma infância muito boa, mas meus avós ralaram muito para eu chegar aonde eu cheguei. Eu ajudei meu avô como servente de pedreiro para construir a nossa casa".

Mas o futebol acabou sendo o caminho natural de Edson Silva, que começou a atuar na região onde nasceu.

"Fiz um peneirão na cidade de Palmares para jogar em um time sub-17 no Pernambucano. Passei e fui jogando. Um olheiro me viu e me levou ao Corinthians, de Alagoas, e passei no teste. Joguei a Copa São Paulo de 2004 e outras três edições. Subi ao profissional e fui campeão alagoano. Depois fui ao CRB-AL, em 2007, e joguei uma Série B muito boa. Cheguei ao Botafogo, mas foi uma passagem razoável. Atuei até por Fortaleza, Boavista-RJ, Duque de Caxias e depois fui ao Figueirense."

A ida para o São Paulo foi escolha do zagueiro, que recusou uma proposta para ganhar mais para realizar um sonho próprio e da família."Tinham vários clubes interessados em mim e sempre tive uma vontade de jogar no São Paulo. Os jogadores falavam que era um clube muito bom no Brasil. Falei ao meu empresário e aos dirigentes que era lá onde queria jogar. Tinha o Palmeiras atrás de mim. Tinha o Santos na parada também. Mas eu escolhi o São Paulo", relembrou.

"Muitos falam que jogadores só escolhem aonde vão ganhar mais dinheiro, mas comigo não foi assim. A diferença salarial era pequena, mas optei pelo São Paulo por vontade própria. Não importava o valor, eu sabia que estava indo para um lugar ótimo."

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