O são-paulino Nilton César de Jesus, de 26 anos, morreu no final da manhã desta quinta-feira em Brasília. O torcedor havia sido baleado no domingo, antes do jogo entre Goiás e São Paulo pela última rodada do Campeonato Brasileiro, e estava internado desde então.

Segundo o boletim médico divulgado ainda na manhã desta quinta-feira, Nilton estava em coma profundo. No entanto, segundo informações do jornal Correio Braziliense, a morte foi confirmada pelo próprio Hospital de Base do Distrito Federal (onde o são-paulino estava internado), que deve dar detalhes em uma entrevista coletiva marcada para as 14 horas.

Vice-presidente regional de uma das principais torcidas organizadas do São Paulo, Nilton César de Jesus foi acertado por um tiro acidental, disparado pelo sargento José Luiz Carvalho Barreto. Na ocasião, o militar fazia parte do contingente policial que tentava apartar uma briga de torcidas antes da partida no Bezerrão. No entanto, ao acertar uma coronhada no torcedor, a arma do sargento efetuou um disparo.

Desde então, o torcedor respirava com ajuda de aparelhos e recebia medicação para controlar seus sinais vitais, como a pressão arterial e a freqüência cardíaca. Segundo os relatórios médicos da segunda-feira, a vítima se encontrava em nível quatro da escala Glasgow de coma. Após um agravamento, porém, o nível de Nilton caiu para nível três, indicando coma profundo.

O policial, que segundo a corporação, não havia apresentado problemas em 20 anos de serviços, em questão irá responder a dois inquéritos, na PM-DF e na 14ª DP (da cidade-satélite do Gama). A primeira sindicância interna, da Polícia Civil (onde o sargento irá responder por homicídio doloso qualificado), será divulgada em 30 dias. Posteriormente, a PM divulga sua sindicância interna 30 dias depois.