O termômetro do São Paulo neste Campeonato Brasileiro foi o desempenho do meia Jorge Wagner. A má fase do atleta na temporada coincidiu com o período inconstante do clube na competição. No entanto, justamente na arrancada do Tricolor, o polivalente voltou a mostrar seu melhor futebol.

Jorge Wagner explica que precisou de apenas 45 minutos de reflexão para entender que precisaria melhorar. Aliás, a pausa para a auto-análise foi imposta por Muricy Ramalho, que deixou o titular absoluto no banco de reservas durante o primeiro tempo do jogo contra o Atlético-MG, dia 3 de setembro.

“Foi um momento de reflexão para mim porque eu pensei naqueles 45 minutos que alguma coisa estava errada. Fiquei com aquilo na cabeça. Eu sempre me dedico aos treinos, mas vi que precisava aprimorar ainda mais o meu trabalho a partir dali. A minha evolução também coincidiu com a melhora da equipe”, afirmou.

Muricy Ramalho revelou nesta semana que nem precisou conversar com Jorge Wagner antes de barrá-lo no jogo contra o Atlético-MG. O comandante, que já havia trabalhado com o meia no Internacional, tem plena confiança no atleta.

“Não tive conversa especial com o Jorge. É um jogador que eu conheço muito bem e ele sabe o que penso. Ele ficou muito pouco fora e é um jogador responsável. Não preciso falar muito o que ele tem de fazer. O treinador tem que deixar alguns jogadores quietos e com o Jorge é assim”, justificou o técnico.

Apesar de o ‘período de reflexão’ ter sido imposto, Jorge Wagner fica feliz em saber que o treinador tem confiança em seu futebol. “Isso foi conquistado em campo com muito trabalho e dedicação. Essa confiança não vem só da comissão técnica, mas também dos jogadores. A partir do momento em que você chega a esse ponto, sua responsabilidade em campo também fica maior. Com certeza, as pessoas vão exigir mais de você por causa disso, mas estou preparado”, finalizou.