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Hugo afirma: ‘Esse título terá sabor especial’

De excluído e peça fora do elenco, o camisa 18 do São Paulo virou o artilheiro do São Paulo no Brasileirão

Se o São Paulo for tricampeão brasileiro este ano, a torcida, exigente, terá de se render a um jogador. Trata-se do meio-de-campo Hugo, criticado em diversos momentos, mas que no torneio é o artilheiro do time com 12 gols e peça fundamental no esquema de Muricy Ramalho.

No último ano, nenhum jogador superou tantas adversidades como o camisa 18. Da suspensão de 120 dias do STJD, até o afastamento pelo presidente Juvenal Juvêncio, Hugo, calado, driblou estes “zagueiros” com méritos.

Com o apoio dos companheiros, da comissão técnica e da família, Hugo hoje é o meia que a torcida cobra da diretoria desde janeiro. Não usa a camisa 10, que está sem dono desde a saída de Adriano, mas possui todos os adjetivos dos atletas desta posição. Veja a entrevista exclusiva que ele concedeu ao LANCENET!, falando sobre sua fase.

LANCENET!: O que passou na sua cabeça depois da suspensão de 120 no STJD em 2007. E depois ser afastado da equipe no início do ano?
Hugo: No momento da suspensão foi uma coisa triste na minha carreira, passei por um fato ruim, me entristeceu, e eu tive de superar. Fiquei aliviado depois que o atleta do Paraná me desculpou publicamente. Em relação à punição, achei que os 120 dias foram merecidos e cumpri tudo o que foi imposto. No início do ano passei por uma etapa novamente complicada, estava com um problema com a minha esposa, por causa do nascimento do meu filho. Mas, depois que ele nasceu, as coisas começaram a melhorar. Achava que estava com um pé fora do São Paulo, que não jogaria mais pelo clube, mas Deus me provou que não era isso que ele queria para mim.

LANCENET!: Você marcou 12 gols no Brasileirão, mais do que o ano passado todo, quando fez 11. Está surpreso?
Hugo: Eu esperava que iria melhorar, mas não tanto... Nem tanto pelos gols, mas da maneira que foi acontecendo. Ganhei a oportunidade na Libertadores, o Muricy viu que eu estava mais alegre, querendo, e tive a oportunidade de voltar ao time titular contra o Nacional, do Uruguai (pelas oitavas-de-final da Libertadores, em maio). Depois eu não saí mais da equipe, até agora. E espero continuar até o final do Brasileiro.

LANCENET!: Você começou a fazer coisas diferentes para esta superação? Algo nas partes física ou técnica?
Hugo: Acho que em termos de marcação, sim. Eu procurei me aplicar mais, com mais empenho nos treinos, para fazer o que o Muricy queria. Porque com ele no comando tem de ser assim, precisa fazer como ele quer, senão ele tira mesmo do time. Depois que consegui me adaptar com relação a isso, ele sempre me manteve na equipe titular. O Muricy sempre define um jogador que eu tenho de marcar, ou então eu inverto com o Jorge Wagner e fecho mais pela lateral e ele vira meia. É uma variação grande da equipe.

LANCENET!: Você se considera um símbolo desta nova fa se do São Paulo?
Hugo: Eu me vejo como um vencedor, porque passei por momentos difíceis, muita cobrança, parte da imprensa sempre falando que não existia um meia dentro do São Paulo. Escutava isso todos os dias, mas acho que tive muita personalidade para ouvir calado e responder a todas as críticas dentro de campo.

LANCENET!: Hoje você tem segurança para falar que o meia do time é você?
Hugo: Acho que o time continua não tendo, né (risos). Se não tinha antes, como todo mundo falava, como pode ter agora, se ninguém chegou? Acho que estou fazendo o papel que o Muricy vem me pedindo, com aplicação, lutando para ser campeão.

LANCENET: Qual sua posição, então?
Hugo: Eu jogo pelo lado esquerdo, um pouco mais avançado, chegando para encostar nos atacantes lá da frente. Pode-se dizer que a função que faço hoje é a de meia-atacante.

LANCENET: Você tem como eleger um jogo que foi bem? Saiu com o desejo de dever cumprido após a partida.
Hugo: Tem alguns jogos que eu não fiz gol, mas eu saí bastante satisfeito de campo, como na vitória por 4 a 2 sobre o Flamengo no Maracanã, no primeiro turno, e nos dois jogos contra o Fluminense pela Copa Libertadores, apesar da eliminação. Tive um aproveitamento muito grande nos passes nestas partidas.

LANCENET!: Algum jogo para ser apagado?
Hugo: Acho que, contra o Goiás, no primeiro turno, fui muito mal, errei muito e a torcida pegou no meu pé.

LANCENET!: O que você precisa fazer para conquistar de vez a torcida?
Hugo: Não sei... Acho que tenho desempenhado um bom trabalho no Brasileirão, estou fazendo gols, jogando bem. Não sei se tenho de fazer alguma coisa de especial para isso. Talvez com o título o torcedor vai reconhecer o meu trabalho aqui.

LANCENET!: Dos seus 12 gols no Brasileiro, sete foram de cabeça. Você sempre foi bom neste fundamento ou é algo que aprimorou nos últimos meses, assim como a marcação?
Hugo: Esse fundamento eu melhorei muito depois que eu cheguei no São Paulo. O trabalho do dia a dia com o Muricy me ajudou. Estou mais presente da área. Foram sete, um número bom para mim.

LANCENET!: Você teve boa participação no penta, apesar da suspensão. Como você vê agora sua contribuição para, quem sabe, o hexa?
Hugo: Em relação ao ano passado, até ser suspenso, eu era artilheiro do time na temporada com 11 gols. Mas, aí, eu fui suspenso e perdi a reta final. Este ano tenho feito gols que têm ajudado muito a equipe, estou participando mais diretamente das vitórias e, com certeza, vai ter um sabor especial caso a gente conquiste o Brasileirão. Vai ser uma boa resposta para os torcedores.

LANCENET!: Seu contrato acaba no final de 2009, já está planejando algo? Fica mais um ano no São Paulo?
Hugo: Nem estou pensando nisso agora, para ser sincero. Prefiro esperar a temporada terminar. Quero muito este título, um tricampeonato inédito, para depois pensar se vou continuar ou sair do clube.

LANCENET!: O São Paulo pode ser tri consecutivo do Brasileirão. E você, como atleta, também pode ser tri?
Hugo: Eu também posso ser tricampeão, mas não em três anos seguidos. Eu fui campeão em 2005 com o Corinthians e o ano passado no São Paulo. Seria o quarto título da minha carreira este, porque eu conquistei uma Copa do Imperador, em 2004, atuando pelo Verdy Tokyo, do Japão. Para o Brasileiro eu acho que eu tenho sorte. Saí do Corinthians, fui para o Grêmio e brigamos pelo título. Geralmente os clubes que eu jogo, em termos de campeonato nacional, costumam ir bem até a última partida.

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