Crédito: jornalismofc.wordpress.com
Careca, o menino que queria ser palhaço para alegrar o mundo, mas deixou o mundo todo bobo com o seu futebol. Parabéns!
Antônio de Oliveira Filho nasceu em Araraquara-SP no dia 5 de outubro de 1960. Jogava futebol nas equipes amadoras da cidade natal. Desde cedo mostrava muita habilidade e um faro de gols notável, além de ser muito rápido. Com sete anos de idade ganhou o apelido que carrega até hoje: Careca, por ser fã do palhaço Carequinha, um ícone da criançada naquele tempo. O pai, Antônio de Oliveira, também foi jogador e curiosamente também era centroavante nos campos de Araraquara. Ele faria de tudo para concluir seu sonho.
Careca foi descoberto pelo Guarani nos campos de várzea de Araraquara. O pai consentiu e, no Bugre, Careca teve a estrutura necessária para começar uma brilhante carreira profissional. Ele vivia nos alojamentos do time e rapidamente foi integrado à equipe titular pelo técnico Carlos Alberto Silva, em 1978, com apenas 17 anos. Já em sua primeira temporada como jogador profissional o atacante começou a se destacar, quando ajudou o Guarani a ser o campeão brasileiro de 1978 aos 18 anos.
Guarani campeão de 1978. Careca abaixado ao centro. Crédito: revista Placar
Os anos se passaram e Careca foi amadurecendo ainda mais. O craque foi o grande jogador do Guarani até 1982 e surpreendentemente não foi contratado por outros clubes no período. Em 1981, com o Guarani na série B do Brasileiro, conduziu o time de volta à primeira divisão ao marcar gols decisivos. Em 1982, ganhou sua primeira Bola de Prata na carreira e se tornou o maior artilheiro do time em campeonatos brasileiros com 36 gols. No total, fez 109 gols pelo Guarani.
Foi nessa época que Careca ganhou suas primeiras chances na seleção brasileira que se preparava para a Copa do Mundo da Espanha de 1982. O técnico Telê Santana via no craque a peça chave para o time ter uma referência no ataque, munido por astros como Sócrates, Falcão, Zico e Éder. Mas, Careca sofreu uma contusão num treino da seleção que o tirou da Copa. O Brasil acabou sendo eliminado pela Itália na “Tragédia do Sarriá”. Aquela foi a grande decepção da carreira de Careca, segundo ele próprio. Muitos dizem até hoje que faltou o Careca para que a seleção vencesse o Mundial. Ele daria uma guinada na carreira.
Careca durante partida contra a Alemanha Ocidental em amistoso de 1982. Crédito: gazetapress
O São Paulo teve um litígio com seu maior artilheiro, Serginho Chulapa, um dos ídolos grandiosos da história do Tricolor. Serginho foi vendido ao Santos e a torcida Tricolor ficou inconformada. Quem comandaria o ataque do São Paulo?
O centroavante Careca deixou o Guarani para defender o São Paulo após uma arrastada negociação. O clube da fé pagou uma fábula merecida para trazê-lo. No dia 22 de janeiro de 1983, há exatos 30 anos, o elenco do Tricolor comemorava a chegada do jogador antes de embarcar com destino a Recife para enfrentar o Sport na primeira rodada do Campeonato Brasileiro.
“O Careca é o jogador ideal para substituir o Serginho e a sua chegada traz mais tranquilidade ao elenco”, disse o técnico Poy na época. O volante Zé Mário também tratou de festejar: “é um dos maiores centroavantes que o Brasil já teve”.
A estreia no São Paulo foi contra o América de Natal, pelo Campeonato Brasileiro no dia 30 de janeiro de 1983. Naquela partida, marcou o terceiro gol Tricolor no jogo.
Careca abaixado ao centro. Crédito: site do Milton Neves
Careca passou por uma fase difícil após a estreia e demorou mais de um ano para se adaptar ao São Paulo. Teve seguidas contusões quando foi afetado por artrite. Em 1984, maduro e talentoso, Careca ganhou rapidamente a torcida tricolor e voltou aos seus bons tempos, ajudando o time a começar uma era de ouro.
Cilinho passando instrução aos craques. Crédito: revista Placar
Ao lado de craques como Müller, Silas e Pita, faturou o Campeonato Paulista em 1985, com 23 vitórias em 42 jogos, marcando 72 gols (sendo 23 de Careca, artilheiro da competição) e sofrendo apenas 29.
SPFC: Gilmar; Zé Teodoro, Oscar, Darío Pereyra e Nelsinho; Falcão (Freitas), Márcio Araújo e Silas (Pita); Müller, Careca e Sídnei. Técnico: Cilinho. Crédito: saopaulofc.net
Em 1986, Careca pôde, enfim, disputar sua primeira Copa do Mundo. Novamente comandada por Telê Santana, a seleção tinha esperanças de conquistar o tetra e contava com Careca para ir longe. Na primeira fase, o artilheiro marcou três gols. Nas oitavas de final, mais um gol na goleada por 4 a 0 sobre a Polônia. Nas quartas, fez seu quinto gol no mundial no empate em 1 a 1 contra a França, mas viu a seleção perder nos pênaltis e dar adeus ao sonho do título. Vice-artilheiro da Copa, Careca foi um dos poucos a se destacar no mundial do México.
Seleção brasileira na copa de 1986. De pé, da esquerda para a direita: Sócrates, Josimar, Júlio César, Edinho, Branco e Carlos. Agachados, da esquerda para a direita: o ex-massagista Nocaute Jack, Müller, Júnior, Careca, Alemão, Elzo e o roupeiro Ximbica. Crédito site do Milton Neves
No Campeonato Brasileiro de 1986, o Tricolor foi com tudo em busca do título. Careca foi decisivo durante toda a competição e o São Paulo chegou à final após eliminar a Inter de Limeira nas oitavas, o Fluminense nas quartas de final e, finalmente, o América nas semifinais.
“Fizemos grandes jogos, mas acho que contra o Fluminense, que também tinha um grande time, aqui no Morumbi, foi uma partida marcante. Fiz um gol espírita que ajudou a equipe a superar aquele adversário duro” – Careca, em entrevista à Placar.
A final do Brasileiro de 1986 foi decidida por São Paulo e Guarani. O time de Campinas queria levar a melhor novamente sobre um clube grande paulista, mas do outro lado havia uma equipe muito mais forte e com Careca como diferencial necessário para levar o título. Mesmo assim, foi uma decisão duríssima. No primeiro jogo, empate em 1 a 1 no Morumbi com gols de Evair (Guarani) e Careca (São Paulo). A volta seria no Brinco de Ouro, em Campinas.
Crédito: gazetapress
O jogo, como não poderia deixar de ser, foi muito pegado e eletrizante. Careca marcou o gol salvador do São Paulo na prorrogação contra o Guarani. Na ocasião, o São Paulo perdia para o Bugre (ex-time de Careca) por 3 a 2, quando o centroavante, após um lançamento acidental de Vágner Basílio, bateu forte de primeira sem chances para o goleiro Sérgio Néri. Nos pênaltis, o Tricolor, que era dirigido por Pepe, faturou o título.
Crédito: revista Placar
O Brasil ficou preto, branco e vermelho pela segunda vez na história. O Tricolor chegou ao topo com 17 vitórias e quatro derrotas em 34 jogos, marcando 62 gols (melhor ataque) e sofrendo apenas 22. Consagração do capitão Careca, sem dúvida, o grande nome da conquista. Naquele ano, ele ganhou a Bola de Prata, a Bola de Ouro e o prêmio de artilheiro do torneio (25 gols).
SPFC: Gilmar; Fonseca, Wagner Basílio, Darío Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas e Pita; Müller, Careca (capitão) e Sídnei. Técnico: Pepe. Crédito: saopaulofc.net
Após quatro anos, 191 jogos e 115 gols com a camisa do São Paulo, e de se tornar o atacante mais talentoso da história do clube, Careca foi vendido ao Napoli da Itália em 1987, ano em que disputou a Copa América pela seleção.
“Fui para o Napoli por causa do Maradona. O São Paulo estava me negociando com a Espanha, mas disse que queria jogar na Itália ao lado dele. Não era fácil jogar com ele, pelo contrário. Na verdade, era mais difícil. Ele passava todas as bolas redondinhas e eu não podia fazer feio, matar na canela. Eu tinha que corresponder”. Careca, sobre a ida ao Napoli e a chance de jogar ao lado do gênio argentino.
A chegada de Careca ao time napolitano fez a imprensa italiana apelidar o mais novo trio de ouro da equipe de “ma-gi-ca” (Maradona, Giordano e Careca). Na equipe italiana, tornou-se ídolo. Conquistou dois vice-campeonatos italianos, 1987 e 1988. Venceu a Copa da Uefa em 1989, a Supercopa da Itália e o Campeonato Italiano em 1990. Permaneceu no Napoli até 1993. Disputou 221 jogos e marcou 96 gols pelo Napoli.
Crédito: site do Nápoli
As glórias pelo Napoli não se repetiram na seleção em 1990. Ausente da Copa América de 1989, vencida pelo Brasil, o craque voltou à equipe de Lazaroni na Copa do Mundo da Itália. Careca marcou dois gols na vitória por 2x1 sobre a Suécia. Porém, foi eliminado da Copa, com a seleção, na derrota por 1x0 contra a Argentina do amigo Maradona, nas oitavas de final. O time de 1990 não era nem sombra da equipe de 1986 e ficou marcado pelo futebol defensivo e sem brilho. Para Careca, aquela foi a última Copa de sua carreira. Em 1994, mesmo em forma para o mundial dos EUA, ele decidiu não disputar o torneio para dar espaço a outros jogadores. Pela seleção, disputou 60 partidas, marcando 29 gols.
Seleção brasileira de 1990. Careca abaixado ao centro. Crédito: revista Placar
Após sair do Napoli, o craque jogou no Japão, pelo Kashiwa Reysol, onde fez 31 gols em 60 partidas. Permaneceu na equipe japonesa até 1997.
Crédito: site do Kashiwa Reysol
O atacante deixou o Japão com 36 anos e jogou no Santos em 1997. Na equipe santista fez 9 partidas e marcou 2 gols. Ainda passou pelo Campinas Futebol Clube, time que ele mesmo fundou e era dono, por onde disputou a série A-3 do campeonato paulista. Encerrou a carreira no São José (RS) em 1999.
Careca, em toda a sua carreira, marcou 382 gols. Atualmente é comentarista esportivo em Campinas. Completa 53 anos hoje, 05 de outubro de 2013.
Quem dera se, hoje, tivéssemos um atacante assim no São Paulo.
Parabéns brilhante matador!
Peixoto
Careca, o menino que queria ser palhaço para alegrar o mundo, mas deixou o mundo todo bobo com o seu futebol. Parabéns!
Antônio de Oliveira Filho nasceu em Araraquara-SP no dia 5 de outubro de 1960. Jogava futebol nas equipes amadoras da cidade natal. Desde cedo mostrava muita habilidade e um faro de gols notável, além de ser muito rápido. Com sete anos de idade ganhou o apelido que carrega até hoje: Careca, por ser fã do palhaço Carequinha, um ícone da criançada naquele tempo. O pai, Antônio de Oliveira, também foi jogador e curiosamente também era centroavante nos campos de Araraquara. Ele faria de tudo para concluir seu sonho.
Careca foi descoberto pelo Guarani nos campos de várzea de Araraquara. O pai consentiu e, no Bugre, Careca teve a estrutura necessária para começar uma brilhante carreira profissional. Ele vivia nos alojamentos do time e rapidamente foi integrado à equipe titular pelo técnico Carlos Alberto Silva, em 1978, com apenas 17 anos. Já em sua primeira temporada como jogador profissional o atacante começou a se destacar, quando ajudou o Guarani a ser o campeão brasileiro de 1978 aos 18 anos.
Guarani campeão de 1978. Careca abaixado ao centro. Crédito: revista Placar
Os anos se passaram e Careca foi amadurecendo ainda mais. O craque foi o grande jogador do Guarani até 1982 e surpreendentemente não foi contratado por outros clubes no período. Em 1981, com o Guarani na série B do Brasileiro, conduziu o time de volta à primeira divisão ao marcar gols decisivos. Em 1982, ganhou sua primeira Bola de Prata na carreira e se tornou o maior artilheiro do time em campeonatos brasileiros com 36 gols. No total, fez 109 gols pelo Guarani.
Foi nessa época que Careca ganhou suas primeiras chances na seleção brasileira que se preparava para a Copa do Mundo da Espanha de 1982. O técnico Telê Santana via no craque a peça chave para o time ter uma referência no ataque, munido por astros como Sócrates, Falcão, Zico e Éder. Mas, Careca sofreu uma contusão num treino da seleção que o tirou da Copa. O Brasil acabou sendo eliminado pela Itália na “Tragédia do Sarriá”. Aquela foi a grande decepção da carreira de Careca, segundo ele próprio. Muitos dizem até hoje que faltou o Careca para que a seleção vencesse o Mundial. Ele daria uma guinada na carreira.
Careca durante partida contra a Alemanha Ocidental em amistoso de 1982. Crédito: gazetapress
O São Paulo teve um litígio com seu maior artilheiro, Serginho Chulapa, um dos ídolos grandiosos da história do Tricolor. Serginho foi vendido ao Santos e a torcida Tricolor ficou inconformada. Quem comandaria o ataque do São Paulo?
O centroavante Careca deixou o Guarani para defender o São Paulo após uma arrastada negociação. O clube da fé pagou uma fábula merecida para trazê-lo. No dia 22 de janeiro de 1983, há exatos 30 anos, o elenco do Tricolor comemorava a chegada do jogador antes de embarcar com destino a Recife para enfrentar o Sport na primeira rodada do Campeonato Brasileiro.
“O Careca é o jogador ideal para substituir o Serginho e a sua chegada traz mais tranquilidade ao elenco”, disse o técnico Poy na época. O volante Zé Mário também tratou de festejar: “é um dos maiores centroavantes que o Brasil já teve”.
A estreia no São Paulo foi contra o América de Natal, pelo Campeonato Brasileiro no dia 30 de janeiro de 1983. Naquela partida, marcou o terceiro gol Tricolor no jogo.
Careca abaixado ao centro. Crédito: site do Milton Neves
Careca passou por uma fase difícil após a estreia e demorou mais de um ano para se adaptar ao São Paulo. Teve seguidas contusões quando foi afetado por artrite. Em 1984, maduro e talentoso, Careca ganhou rapidamente a torcida tricolor e voltou aos seus bons tempos, ajudando o time a começar uma era de ouro.
Cilinho passando instrução aos craques. Crédito: revista Placar
Ao lado de craques como Müller, Silas e Pita, faturou o Campeonato Paulista em 1985, com 23 vitórias em 42 jogos, marcando 72 gols (sendo 23 de Careca, artilheiro da competição) e sofrendo apenas 29.
SPFC: Gilmar; Zé Teodoro, Oscar, Darío Pereyra e Nelsinho; Falcão (Freitas), Márcio Araújo e Silas (Pita); Müller, Careca e Sídnei. Técnico: Cilinho. Crédito: saopaulofc.net
Em 1986, Careca pôde, enfim, disputar sua primeira Copa do Mundo. Novamente comandada por Telê Santana, a seleção tinha esperanças de conquistar o tetra e contava com Careca para ir longe. Na primeira fase, o artilheiro marcou três gols. Nas oitavas de final, mais um gol na goleada por 4 a 0 sobre a Polônia. Nas quartas, fez seu quinto gol no mundial no empate em 1 a 1 contra a França, mas viu a seleção perder nos pênaltis e dar adeus ao sonho do título. Vice-artilheiro da Copa, Careca foi um dos poucos a se destacar no mundial do México.
Seleção brasileira na copa de 1986. De pé, da esquerda para a direita: Sócrates, Josimar, Júlio César, Edinho, Branco e Carlos. Agachados, da esquerda para a direita: o ex-massagista Nocaute Jack, Müller, Júnior, Careca, Alemão, Elzo e o roupeiro Ximbica. Crédito site do Milton Neves
No Campeonato Brasileiro de 1986, o Tricolor foi com tudo em busca do título. Careca foi decisivo durante toda a competição e o São Paulo chegou à final após eliminar a Inter de Limeira nas oitavas, o Fluminense nas quartas de final e, finalmente, o América nas semifinais.
“Fizemos grandes jogos, mas acho que contra o Fluminense, que também tinha um grande time, aqui no Morumbi, foi uma partida marcante. Fiz um gol espírita que ajudou a equipe a superar aquele adversário duro” – Careca, em entrevista à Placar.
A final do Brasileiro de 1986 foi decidida por São Paulo e Guarani. O time de Campinas queria levar a melhor novamente sobre um clube grande paulista, mas do outro lado havia uma equipe muito mais forte e com Careca como diferencial necessário para levar o título. Mesmo assim, foi uma decisão duríssima. No primeiro jogo, empate em 1 a 1 no Morumbi com gols de Evair (Guarani) e Careca (São Paulo). A volta seria no Brinco de Ouro, em Campinas.
Crédito: gazetapress
O jogo, como não poderia deixar de ser, foi muito pegado e eletrizante. Careca marcou o gol salvador do São Paulo na prorrogação contra o Guarani. Na ocasião, o São Paulo perdia para o Bugre (ex-time de Careca) por 3 a 2, quando o centroavante, após um lançamento acidental de Vágner Basílio, bateu forte de primeira sem chances para o goleiro Sérgio Néri. Nos pênaltis, o Tricolor, que era dirigido por Pepe, faturou o título.
Crédito: revista Placar
O Brasil ficou preto, branco e vermelho pela segunda vez na história. O Tricolor chegou ao topo com 17 vitórias e quatro derrotas em 34 jogos, marcando 62 gols (melhor ataque) e sofrendo apenas 22. Consagração do capitão Careca, sem dúvida, o grande nome da conquista. Naquele ano, ele ganhou a Bola de Prata, a Bola de Ouro e o prêmio de artilheiro do torneio (25 gols).
SPFC: Gilmar; Fonseca, Wagner Basílio, Darío Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas e Pita; Müller, Careca (capitão) e Sídnei. Técnico: Pepe. Crédito: saopaulofc.net
Após quatro anos, 191 jogos e 115 gols com a camisa do São Paulo, e de se tornar o atacante mais talentoso da história do clube, Careca foi vendido ao Napoli da Itália em 1987, ano em que disputou a Copa América pela seleção.
“Fui para o Napoli por causa do Maradona. O São Paulo estava me negociando com a Espanha, mas disse que queria jogar na Itália ao lado dele. Não era fácil jogar com ele, pelo contrário. Na verdade, era mais difícil. Ele passava todas as bolas redondinhas e eu não podia fazer feio, matar na canela. Eu tinha que corresponder”. Careca, sobre a ida ao Napoli e a chance de jogar ao lado do gênio argentino.
A chegada de Careca ao time napolitano fez a imprensa italiana apelidar o mais novo trio de ouro da equipe de “ma-gi-ca” (Maradona, Giordano e Careca). Na equipe italiana, tornou-se ídolo. Conquistou dois vice-campeonatos italianos, 1987 e 1988. Venceu a Copa da Uefa em 1989, a Supercopa da Itália e o Campeonato Italiano em 1990. Permaneceu no Napoli até 1993. Disputou 221 jogos e marcou 96 gols pelo Napoli.
Crédito: site do Nápoli
As glórias pelo Napoli não se repetiram na seleção em 1990. Ausente da Copa América de 1989, vencida pelo Brasil, o craque voltou à equipe de Lazaroni na Copa do Mundo da Itália. Careca marcou dois gols na vitória por 2x1 sobre a Suécia. Porém, foi eliminado da Copa, com a seleção, na derrota por 1x0 contra a Argentina do amigo Maradona, nas oitavas de final. O time de 1990 não era nem sombra da equipe de 1986 e ficou marcado pelo futebol defensivo e sem brilho. Para Careca, aquela foi a última Copa de sua carreira. Em 1994, mesmo em forma para o mundial dos EUA, ele decidiu não disputar o torneio para dar espaço a outros jogadores. Pela seleção, disputou 60 partidas, marcando 29 gols.
Seleção brasileira de 1990. Careca abaixado ao centro. Crédito: revista Placar
Após sair do Napoli, o craque jogou no Japão, pelo Kashiwa Reysol, onde fez 31 gols em 60 partidas. Permaneceu na equipe japonesa até 1997.
Crédito: site do Kashiwa Reysol
O atacante deixou o Japão com 36 anos e jogou no Santos em 1997. Na equipe santista fez 9 partidas e marcou 2 gols. Ainda passou pelo Campinas Futebol Clube, time que ele mesmo fundou e era dono, por onde disputou a série A-3 do campeonato paulista. Encerrou a carreira no São José (RS) em 1999.
Careca, em toda a sua carreira, marcou 382 gols. Atualmente é comentarista esportivo em Campinas. Completa 53 anos hoje, 05 de outubro de 2013.
Quem dera se, hoje, tivéssemos um atacante assim no São Paulo.
Parabéns brilhante matador!
Peixoto
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