"O trabalho do Diniz é espetacular por uma razão. Não foi um treinador que teve muita possibilidade de contratações, e segundo que foi um treinador que teve que potencializar, ensinar e encorajar jogadores que estavam desacreditados por todos, pela imprensa, por nossos torcedores, a dar um passo a frente, a ser muito melhor do que eram, a performar bem, conseguir ser alguém respeitado", afirmou Daniel Alves em entrevista coletiva.
"O grande trabalho do Diniz vem a partir do momento em que ele não se preocupa só em criar grandes jogadores, mas sim grandes seres humanos, que vão sair melhores do que eram daqui. O Diniz, no dia que não estiver mais aqui, vai deixar uma grande base, não só monetária, mas pessoal também para o São Paulo. Serão pessoas que vão influenciar outras a não serem omissas", acrescentou.
Além dos resultados negativos em 2021 – são três derrotas e um empate – outro fator que pesou para a pressão aumentar sobre Diniz foi a discussão que ele teve na beira do gramado com Tchê Tchê. Na partida contra o Bragantino, o treinador chamou o jogador de "perninha" e "mascaradinho".
Daniel Alves minimizou o episódio e afirmou que essa é uma característica do treinador que pouco influência no dia a dia do elenco.
"O momento do Tchê Tchê sempre é elevado massivamente por vocês, mas é que vocês não conhecem ele no dia a dia, teriam outra impressão. Até pra pior (Risos), ele tem o jeitão dele de ser. A gente ama muito esse cara, quem dera todo ser humano tivesse um Diniz na sua vida, seriam melhores, sem dúvida".
Para tentar a reviravolta na temporada e reencontrar os caminhos das vitórias, o São Paulo enfrenta o Coritiba, no próximo sábado, às 19h, no Morumbi. Após essa partida restarão apenas mais seis duelos para o fim do Campeonato Brasileiro.
O histórico recente, porém, não é animador. Na sequência de três derrotas e um empate, o Tricolor sofreu 11 gols e fez apenas dois. Daniel Alves pediu apoio neste momento.
"Só nós podemos tirar o São Paulo deste momento, que antes era muito bom e agora é muito ruim. Vamos buscar esse novo momento bom nessa reta final. Só insistindo um pouco, durante toda essa temporada o São Paulo sempre foi desacreditado, até por nossos torcedores, mas conseguimos devolver essa esperança para eles. Agora a gente pede, se estamos no direito de pedir alguma coisa, porque acho que estamos mais no momento de oferecer, mas que o torcedor não desista de nós. Sentimos falta deles, tenho certeza que se estivessem no estádio seria melhor do que está sendo", comentou.
Assim como a equipe, Daniel Alves também caiu de rendimento e viu as críticas sobre ele aumentarem a cada novo erro e derrota do São Paulo. Na goleada da última quarta, por exemplo, ele errou um passe no meio de campo que acabou em gol de Yuri Alberto.
"Às vezes você erra, acerta, mas eu acabei de falar. Eu posso pecar por excesso, nunca por omissão. Sempre estarei exposto, no olho do furacão, eu vou ser o que vai sangrar mais, que vai ser o colete, e eu sempre quis ter esse papel na minha vida. Evidente que quando os resultados não vêm, aqui no São Paulo sempre que juntou Diniz com Dani a culpa é minha, dele ou dos dois", disse o camisa 10.
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