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Contra a espanholização do futebol Brasileiro - Globo quer só Corinthians e Flamengo como grandes

Esta campanha já existe.
Na verdade está iniciando.

Me parece que ela começou a tomar forma com o post abaixo do blog do Odir Cunha (Ombudsman do Santos FC).

Favor divulgar!
E, quem tiver contato c/ nossos dirigentes, favor falar com eles.
Na minha opinião, é o caso de formar o clube dos 10, em substituição ao clube dos 13.

http://blogdoodir.com.br/2012/01/luta-contra-espanholizacao-do-futebol-brasileiro-e-agora-depois-sera-tarde/

Luta contra espanholização do nosso futebol é agora. Depois, será tarde
Escrito por Odir Cunha em janeiro 14, 2012 Deixe um Comentário (109)Vá para os Comentários


Flamengo e Corinthians a caminho de se tornarem novos Real Madrid e Barcelona?

“Existe algum torcedor que não diga que nossa liga está prostituída, adulterada e corrompida? É uma liga de terceiro mundo em que dois clubes roubam o dinheiro de televisão dos demais”.

Guarde bem essa frase. Ela foi dita por José Maria Del Nido, presidente do Sevilha, criticando as desproporcionais cotas de tevê e os privilégios dados a Real Madrid e Barcelona, que tiraram toda a competitividade do Campeonato Espanhol. Daqui a alguns anos, talvez bem mais cedo do que possamos imaginar, queixas idênticas estarão nas bocas dos presidentes de Grêmio, Internacional, Vasco, Fluminense, Santos, Palmeiras, São Paulo…

O presidente do Sevilha sempre alertou para os perigos que a bipolarização traria para o campeonato, mas nunca lhe deram o devido crédito. Agora a Espanha reconhece que o dirigente estava correto. Diz Oscar Murillo, repórter do Diário de Sevilla:

“José María del Nido sempre criticou a divisão dos recursos proveninentes da televisão. No início, era tratado como um louco, mas parece que não estava. Atualmente, o abismo existente cria um sentimento de resignação entre os torcedores dos demais clubes. Eles sabem que é impossível lutar contra os gigantes Real e Barça. Ao mesmo tempo é criado um ciclo perverso, pois esse torcedor deixa de ir ao estádio e de ver os jogos pela televisão. As partidas não são mais tão atrativas. Real e Barça sempre foram mais fortes, só que antes a distância não era tão agressiva como agora.”

Fernando Roig, presidente do Villarreal, concorda com Del Nido. “Essa é a liga que vocês querem? Eu vendo jogadores para equilibrar as minhas contas, enquanto outros pedem crédito e conseguem”, afirmou. “Se querem que a liga tenha duas partidas apenas, que coloquem duas partidas, mas isto será péssimo para o futebol”, completou, referindo-se ao clássico entre Real Madrid e Barcelona.

Para o presidente do Granada, Quique Pina, “com a situação atual é melhor não ter campeonato. Não pode haver uma diferença tão grande de Barcelona e Real Madrid em relação aos demais”. Ele sugere a criação de uma liga independente, sem Real Madrid e Barcelona, que possa resuperar a competitividade perdida no futebol espanhol. “Antes você ia ao Bernabéu ou ao Camp Nou com toda a ilusão do mundo. Hoje em dia, se eu fosse treinador pouparia meus jogadores nessas partidas”, disse Pina.

Os jogadores dos outros times também sentem a impossibilidade de travar uma luta justa com os dois poderosos. “Temos de buscar a vitória na esperança de que Real ou Barça tenham um contratempo. A chance de ganhar um título é como um milagre”, diz Piatti, atacante do Valência. O brasileiro Marcos Senna concorda: “A diferença para Barça e Real é brutal”.

Desigualdade tem rebaixado o Campeonato Espanhol

Com uma parte da verba dividida igualmente entre todos os times da divisão principal e uma porcentagem destinada aos mais bem classificados, os campeonatos nacionais de Alemanha e Inglaterra têm sido escolhidos como os melhores da Europa. Enquanto isso, a Espanha, que preferiu a bipolarização, vê a maioria de seus clubes perderem rapidamente a força que tinham.

Hoje Real Madrid e Barcelona ficam, juntos, com 34% do total pago pela tevê. Os outros 66% são distribuídos entre os 40 clubes que disputam a primeira e a segunda divisões espanholas.

Como resultado dessa partilha desproporcional, clubes que eram grandes, com o Atlético de Madrid, viraram medianos, enquanto outros se apequenaram. Até a década de 70 o Atlético de Madrid era considerado um dos grandes da Espanha e tinha o mesmo número de títulos nacionais do Barcelona. Hoje não tem a mínima possibilidade de ser campeão. Sua cota de tevê é 30% do que recebem Real e Barça.

Outro exemplo é o La Coruña. Campeão espanhol em 2000, com um time no qual despontavam os brasileiros Djalminha e Mauro Silva, hoje a equipe se contenta em não ser rebaixada. Sua cota é 10% dos dois privilegiados.

O resultado disso tudo é que no campo não há mais o mínimo equilíbrio. Ao se iniciar o campeonato, já se sabe quem vai lutar pelo título. Nas últimas sete temporadas, quando não deu Real Madrid, deu Barcelona. A diferença de pontos para os demais tem sido assustadora. Na temporada 2010/11, o Real Madrid, vice-campeão, ficou com 21 pontos a mais do que o Valencia, terceiro colocado.

Ex-diretor do Barcelona também critica a divisão

Mesmo profissionais de Real Madrid e Barcelona estão percebendo que a distância destes dois times para os demais está empobrecendo o Campeonato Espanhol como produto. Este Calzada, ex-diretor de marketing do Barcelona, reconhece que o campeonato está cada vez menos interessante:

“Real Madrid e Barça levam a maior parte dos recursos. Sem dúvida é algo muito ruim para o campeonato. A maior parte dos jogos é desinteressante, e cada vez mais é previsível o resultado de Barcelona e Real Madrid. O natural é que vençam sempre”.

Calzada acredita que “uma divisão mais igualitária fortaleceria os clubes menores e aumentaria a competitividade do campeonato. Porém, o que piora é o fato de a Espanha ser o único país da Europa onde os clubes negociam seus contratos de televisão de forma individual (assim como o Globo está fazendo com os clubes brasileiros). É complicado se chegar a um acordo quando todos não estão à mesa”.

O ex-responsável pelo marketing do Barcelona lembra que a fórmula adotada no Campeonato Inglês seria mais justa, e compara: “Na Espanha, o clube que mais ganha com direitos televisivos tem 11 vezes mais recursos do que o que menos arrecada. No Campeonato Inglês a diferença não chega ao dobro.”

Por que o Brasil adotou o modelo espanhol?

É difícil entender por que os presidentes dos grandes clubes brasileiros permitiram que a Rede Globo promovesse a implosão do Clube dos Treze e, no seu lugar, instituísse a negociação individual dos direitos de tevê, o que, na prática, iniciou a bipolarização do nosso futebol, baseada em Corinthians e Flamengo.

Provavelmente pela necessidade urgente de dinheiro para saldar dívidas, os presidentes dos outros grandes clubes aceitaram assinar um cheque em branco a favor da Globo e de seus dois privilegiados.

Está mais do que evidente que a intenção é dividir o futebol brasileiro entre um grande de São Paulo e um do Rio. Os outros times dessas praças teriam importância cada vez menor. Com o tempo, a massa de torcedores desses outros times diminuiria a tal ponto que nem teriam forças para lutar contra o sistema.

A nomeação de Andrés Sanchez para diretor da CBF; a pressão de Ronaldo Fenômeno para tirar Neymar do Santos; a nomeação do corintiano Mano Menezes para dirigir a Seleção Brasileira; o boicote ao Morumbi como estádio de São Paulo na Copa do Mundo; a construção a toque de caixa, com apoio dos poderes públicos, do estádio do Corinthians; as vistas grossas à dívida impagável do Flamengo; a preferência descarada da Globo pela transmissão de jogos desses dois times – enfim, o que não faltam são evidencias desse plano que pretende transformar o futebol brasileiro em uma nova Espanha.
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