Curicada já diz que estádio é impagável: obrigado rosemberg!!!! huahahua (COM FONTE)
Ex-dirigentes consideram dívida do Corinthians pelo estádio como impagável
Só de juros, Corinthians vai arcar com outros R$ 450 milhões - ao ano, serão R$ 61 milhões
Se aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fundo administrado pela BRL Trust deve funcionar como uma empresa de capital aberto para erguer e explorar o novo estádio do Corinthians, em Itaquera. No fundo de investimento imobiliário, há uma carteira com diversos donos – os cotistas. O estádio, dado como garantia, passa ser propriedade desses cotistas.
“O fundo vai captar recursos para levar adiante a construção do estádio. E o clube terá que pagar os cotistas que vão querer o seu lucro. Se não forem ressarcidos, o imóvel passará ao patrimônio do fundo”, explica Waldemar Pires, presidente do Corinthians entre 1981 e 1985, durante o período da Democracia Corintiana. “Ninguém vai entrar com dinheiro para aplicar se não tiver um retorno e uma remuneração”, afirma.
Pires, especialista em finanças, é presidente da corretora Walpires, há 42 anos no mercado. Na noite da segunda-feira 12, ele participou do programa Estação Futebol, do canal Net Cidade, ao lado dos também ex-presidentes corintianos Alberto Dualib e Marlene Matheus, e de Osmar Stábile, candidato a vice na chapa de oposição que disputará as eleições no clube em janeiro, onde o tema foi debatido.
Pires manifesta preocupação com a possibilidade de o Corinthians não conseguir saldar o empréstimo do BNDES. Mesmo com os juros subsidiados do banco do governo – em torno de 9% -, o clube terá de pagar, caso o prazo seja definido em dez anos, por exemplo, outros R$ 450 milhões só de juros. “Serão necessários R$ 1 bilhão para saldar a dívida. Isso é impagável”, prevê.
Nas contas de Osmar Stábile, os juros ao ano somarão R$ 61 milhões. Em 2010, de acordo com conselheiros corintianos, o clube arrecadou R$ 182 milhões, mas teve despesas no total de R$ 179 milhões. O superávit foi de apenas R$ 3 milhões.
Alberto Dualib, que administrou o clube entre 1993 e 2007, aponta outro problema: o fato de o Corinthians não ser o dono do terreno onde será construído o estádio. “Como alguém vai por dinheiro num negócio do qual não pode ser o dono?”, questiona o ex-dirigente, hoje com 92 anos.
“Não pode haver comercialização de uma área que é pública. Se o terreno é da prefeitura, como será possível vender o título de algo que não existe”, indaga Dualib. Para Marlene Matheus, o Corinthians é prejudicado hoje “em razão dos interesses pessoais que estão se sobrepondo aos do clube”. A direção do Corinthians foi procurada, por meio de sua assessoria, para se manifestar sobre o assunto, mas não retornou.