Primeiramente peço desculpas. Peço desculpas não só por estar movido atualmente por este sentimento, muitas vezes destrutivo, mas por refletir justamente rivais do querido Soberano no futebol.
Ontem, após o novo contrato firmado entre Neymar e Santos, o qual gira em torno de R$ 3 milhões mensais segundo as fontes midiáticas e, principalmente, depois da aguerrida batalha campal que os jogadores do Vasco desempenharam e conquistaram a glória, me fez pensar. Não na intensidade dos grandes filósofos, claro, mas assim como Sócrates (o Filósofo) e sua Maiêutica, procurei conhecer nossa atual situação.
Situação esta que realmente, de todos os sentimentos negativos, me entristece e origina também outra emoção lastimável: a melancolia quando o assunto é futebol. De fato, só peço que esse ano acabe quando o assunto se refere ao gramado verde da bola.
Apesar da análise sobre nós mesmos, não me contive nas comparações. Será que é tão difícil o SPFC fazer um grande negócio como o Santos fez? Será que é tão difícil jogar como o Vasco joga? Onde que está a razão de tamanha regressão do maior clube do Brasil em poucos anos, o qual, hoje, não passa de um time mediano em resultados? A resposta desses questionamentos não me preocupei em solucionar. Afinal, as únicas respostas de tais perguntas só podem andar pelo campo da subjetividade, pois São Paulo Futebol Clube, é São Paulo Futebol Clube! Resposta que dá por si só a qualquer pergunta.
Talvez não seja nós que não entendemos o que acontece, mas quiçá são as pessoas que formam diretamente este clube que ainda não entenderam a importância e carinho que ele possui, o papel delas em representar toda uma nação de tricolores, que eles têm capacidades de inspirar gerações, transformar tristeza em alegria - tristeza em todos os sentidos, não só no futebol - e que quando isso não é compreendido, o inverso ocorre inevitavelmente.
Como eu gostaria de acordar e ler uma contratação, envolvendo um grande e complexo trâmite negocial ou não, pagando R$ 3 milhões de salários ou não, de um jogador unânime e com a cara e tamanho desse querido clube. Como eu gostaria de voltar a todas as partidas medíocres para que estes jogadores tivessem uma nova possibilidade de honrar como deve ser este manto e, mesmo perdendo novamente, ressuscitar o sentimento adormecido de como é orgulhoso ser São Paulo Futebol Clube. Parece sonho? Não... não para o São Paulo Futebol Clube, ainda mais se pensarmos que há 3 anos isso foi realidade, bom... pelo menos a parte do orgulho tricolor.
Portanto gostaria que essas mesmas pessoas que formam o nosso clube também sentissem essa inveja. Pois assim permitiria um olhar crítico sobre suas ações, sobre o que elas vêm fazendo. Talvez seja pedir demais, especificamente, para toda a prepotência do Sr. Juvenal. Mas creio que a hora agora é olharmos as coisas boas que os outros fazem, porque somos nós que estamos correndo atrás, e no fim, isso não me parece nada antiético ou desonroso, afinal... são apenas negócios.