Eu sei que essa segunda-feira de luto não está fácil para ninguém, mas venho oferecer uma outra visão da situação aos senhores.
Se pegarmos o histórico de postagens aqui no forum, vamos verificar com facilidade que a nossa torcida é extremamente bipolar. Durante uma semana estamos comparando o Rogério Ceni ao Guardiola, na outra semana por causa de uma derrota/empate ele não passa de um burro, ai na outra semana o time joga bem e ai o técnico volta a ser bom. Quanto ao Rodrigo Caio, está a mesma coisa, primeiro todo mundo estava implorando a renovação do contrato, e na outra semana ele é o pior zagueiro do Brasil.
Essas atitudes bipolares reflete o nosso imediatismo quanto aos resultados, queremos ganhar tudo pra ontem. Mas infelizmente o futebol não é assim, não é tão simples, filosofias de jogo são construídas ao longo do tempo, não ocorre do dia para a noite. Não dá para querer ganhar sempre, todos os campeonatos, principalmente quando um trabalho está apenas no começo. Eu não preciso ficar aqui defendendo essa tese, basta vocês analisarem o retrospecto do time, há quantos anos o SPFC não ganha títulos importantes e "coincidentemente" não mantem um técnico ou padrão de jogo por longo período? Será que dessas dezenas de treinadores que tiveram curta passagem nenhum se quer prestava? Quantos ex jogadores do tricolor estão fazendo/fizeram sucesso na Europa e eram constantemente criticados aqui devido a curta memoria dos torcedores, os quais parecem só se lembrar do ultimo jogo (se houve falha)?
Esqueçam a ideia de títulos esse ano. É irreal vocês esperarem retorno de um trabalho que acabou de começar e ainda não está completo. A maior conquista que podemos alcançar nesse ano é um padrão de jogo definido e uma personalidade para o time. Mas isso só acontece com o tempo.
Deixem o Rogério trabalhar esse ano, para em 2018 exigirmos o retorno desse trabalho. E vamos analisar com mais cuidados nossos jogadores, por tudo o que fizeram ao longo do tempo, e não apenas no ultimo jogo, não precisamos toda semana achar alguém para crucificar, para jogar a culpa pela ansiedade do nosso imediatismo.
