O São Paulo vive um momento de impaciencia. Diretoria, torcida e jogadores estão impacientes. Paulo Autuori com sua calma e paciência já esta mudando a mentalidade dos jogadores.
Antes Jadson pegava a bola e lançava para Osvaldo ou Luis Fabiano na corrida. Lucio queria lançar Osvaldo. Douglas tentava passe direto para Luis Fabiano. Welligton achava que era Paulinho, e tentava tabela na entrada da área congestionada. Como fazer um cara técnico e de toque refinado jogar em um time desses.
A diretoria mudou um time inteiro, trocou de técnicos várias vezes, considerando apenas os aspectos negativos. Jean é um grande exemplo. Titular em 2008, formando uma dupla excelente com Hernanes, foi colocado por alguns técnicos de curta passagem de lateral. Como volante teve inúmeros parceiros como Rodrigo Souto, Carlinhos Paraíba, Cleber Santana, etc.
No time atual, Marlos e Fernandinho poderiam render muito mais do que Silvinho e Roni. Pois eles já teriam tido uma sequencia, criado um entrosamento com Jadson de 1 ano e meio, e aí crescesse o futebol deles.
E a torcida? A torcida que expulsou Kaka, Ricardinho, Julio Baptista, entre outros, acham que jogadores tem que entrar e já mostrar seu potencial logo de cara. Não é bem assim.
Raí já foi chamado de morto, de sonolento, assim como Danilo. Esse último chegou a ser reserva de jogadores como Velber (que tinha muita disposição, correria, e só), Marquinhos (hoje no Avaí) e Souza. Mas, Cuca o bancou. E com sequencia de jogos, entrosamento e adaptação ao time, ele se tornou um dos jogadores mais importantes na conquista do título de 2005.
Raí, chegou para substituir Silas, na maior transação entre clubes do Brasil na época. E ele foi muito contestado. Raí chegou para substituir Silas um jogador mais dinamico, mas que não tinha a mesma categoria e técnica que o irmão de Socrates.
Tele quando chegou o bancou. Pegou no pé dele, dizendo que ele tinha que participar mais do jogo, ser mais competitivo e entrar mais na área. Alguma semelhança com Ganso?
Se tivermos paciencia, Ganso ainda vai ser um grande ídolo de nosso time. Ensinar um craque a marcar e participar do jogo como Tele fez com Raí, do que ensinar um jogador limitado a fazer grande passes.
Autuori esta preparando o time, mesmo sem tempo para treinar. Esta dando muita enfase para marcação, algo que faltou ao time no início desse ano, em que todos cobravam mais raça do time. Não faltava raça. Faltava posicionamento e guardar posição. Jogar como um time.
E em um time que trabalha mais a bola, valoriza a posse de bola, que avança com o time inteiro sem pressa, Ganso, poderá ser o jogador que foi Raí e Danilo.
Ou seja, um jogador que apesar de lento, tenha tempo para chegar na área para concluir. Ganso é alto como os dois citados, e pode ser uma arma importante no jogo aéreo.
Mas, na correria do time de Ney Franco era impossível ele jogar. Ele tinha que vir buscar a bola dos volantes, passava a bola de lado, e quando via, alguém já tinha lançado Osvaldo em profundidade. Não tem como ele chegar para finalizar.