Clássico serviu para o que realmente importava: evolução tática visando a Libertadores. O resto é secundário.
Infelizmente o tricolor perdeu o clássico no Morumbi. Depois de um gol no começo da partida, sofreu o empate ainda no primeiro tempo, e a virada no fim do jogo, num penalti polêmico em cima de Alexandre Pato. Como não poderia deixar de ser, jogadores e torcida ficaram revoltados com o resultado.
Não entro no mérito do lance que ocasionou o penalti. Acho mais produtivo identificar o que o time fez de errado e que pode ser corrigido daqui pra frente. Tolói, o melhor zagueiro são-paulino, recuou uma bola de forma errada e desnecessária, algo que não se pode fazer contra um time forte que marca a saída de bola.
Entrada da área não é lugar pra ficar girando a bola de um lado pro outro. Fica a lição. Hoje o erro não teve maiores repercussões. Mas num mata-mata de Libertadores, a coisa é diferente…
Entendo a tristeza pela derrota. Ninguém gosta de perder, ainda mais num clássico dentro de casa. Mas não se pode perder a noção do contexto da partida de hoje. O tricolor vive situação delicada na Libertadores e tranquila no Paulista, onde é líder e ja garantiu vaga na segunda fase. Logo, este serve como meio para aquele – e não o contrário.
O jogo de hoje, contra um time competitivo, serviria para Ney Franco aperfeiçoar o time no seu novo esquema, com Carleto, Ganso e Jadson como titulares e Maicon como volante, de olho nas duas partidas que restam da fase de grupo do torneio continental.
E isso aconteceu. O São Paulo fez ótima partida, e merecia a vitória. Cansou de criar ótimas oportunidades de gol, e Ganso, mesmo sem marcar, fez boa partida, algo que não pode ser desprezado por causa do resultado do jogo. Isso que importava.
Claro que uma vitória contra o SCCP daria ânimo para quarta-feira. Mas um resultado atípico (perder jogando bem) não pode desanimar ninguém. Muito pelo contrário, deveria deixar a torcida com boas expectativas. O resto que se dane…