Vejam a resposta da Penalty ao ser procurada pelo jornalista Rodrigo Capelo: "O valor específico de cada item do contrato não será aberto. (...) O que podemos falar é que este segue o padrão normal de contratos: dividido em pagamento para o clube, bônus por resultado e valor em fornecimento de material esportivo".
Reparem que a Penalty não nega a informação do jornalista. Não garante que o contrato é, sim, de 35 milhões. Responde fugindo, de modo evasivo. Diz o óbvio.
Pergunto: e se a informação estiver correta? E se o repórter não estiver inventando nada, e se as Organizações Globo não estiverem por trás de uma teoria da conspiração para prejudicar o São Paulo?
Se tudo não passar de uma peça de ficção do repórter, não seria a primeira vez que isso aconteceria. Mas e se for verdade? Teríamos um problema grave a resolver: os diretores e presidente do clube mentiram. E isso exige explicação.
Cabe lembrar que Juvenal Juvêncio - que quase todos neste portal criticam diariamente, chamando-o de bêbado repetidamente - m não concordou com sua atitude - Marco Aurélio Cunha - foi expurgado. Ditadores agem assim.
É realmente absurdo pensar que um homem que cuspiu em nosso estatuto e ainda se aliou a Ricardo Teixeira - desrespeitando a postura crítica à CBF que o São Paulo sempre teve e da qual sempre nos orgulhamos - para depois acabar traído, é absurdo pensar que este mesmo homem poderia inflar o valor de um contrato (dizendo que foi 35, e não 20 milhões de reais)?
Cabe à direção do São Paulo se pronunciar. Não vale nota oficial no site. Tem que ir à televisão e dar a cara à tapa em entrevista coletiva. Tem que bater na mesa e dizer "isto é mentira". Aliás, se for mentira mesmo, é simples: basta mostrar o contrato. O contrato não mente. Respostas evasivas não nos levarão à verdade. Tampouco nos levará à verdade acreditar em teoria da conspiração - o que, aliás, não é muito diferente de acreditar que Papai Noel existe.