Odebrecht quer garantias para iniciar obras do “Fielzão”
O consultor de empresas, Jorge Hori, em entrevista ao portal 2014, esclareceu pontos que podem dificultar, e muito, não apenas a construção do “Fielzão”, como também sua utilização para a Copa do Mundo.
Segundo ele, o motivo das obras não terem sido iniciadas, é pelo fato do Corinthians não ter obtido ainda o principal alvará, que é o de construção.
Presume-se que, com enorme “boa vontade” do Governo, esta documentação possa ser liberada em 30 dias.
Mas, mesmo assim, existe o problema do contrato entre Corinthians e Odebrecht ainda não ter sido assinado, muito em função da dificuldade de financiamento para o projeto.
A empreiteira toma cuidados para não colocar seu patrimônio à disposição de instituições financeiras, nem dinheiro de seu caixa na construção.
Teme não ser ressarcida pelo clube, motivo pelo qual tenta acertar as condições sobre de que maneira o Corinthians devolveria o valor investido.
Pelo visto, até o momento, não foi convencida de que isso possa, de fato, acontecer.
Não está pegando bem o fato do Corinthians querer negociar o “naming rights” e depois repassar a parte da empresa.
A Odebrecht prefere fazer a negociação, já que nos primeiros anos teria que obter seu investimento de volta, não fazendo sentido a operação inversa.
O fato do Corinthians não ter mostrado ainda à construtora um planejamento para obter os recursos, cerca de R$ 300 milhões, necessários à adequação do estádio à Copa do Mundo, está também emperrando o negócio.
Vale lembrar que a empreiteira arcará com o projeto inicial de 45 mil lugares, mas nada terá a ver, financeiramente, com sua ampliação.
Enquanto o Corinthians não apresentar claramente a origem do dinheiro, a Odebrecht, além de não assinar a planta, se recusa a iniciar as obras.
Problemas que precisam ser resolvidos rapidamente pela direção corinthiana, antes que o vexame se torne inevitável.