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  • 17/01/2014 - 15:11 | Visualizada 776 vezes |

    Comunidade: Ateus

    Sangue em nome de Deus

    Postado por: EDDIETRICOLOR6331

    As 3 grandes religiões monoteístas - cristianismo, judaísmo e islamismo - pregam a paz, a tolerância, a compaixão e o amor ao próximo. Mesmo assim, elas deixaram suas marcas em guerras e banhos de sangue ao longo da história. Para alguns pesquisadores, uma explicação estaria na própria lógica do monoteísmo: se apenas o "meu" Deus é verdadeiro, os "outros" certamente são falsos - e seus seguidores, infiéis. "As religiões são diferentes, mas todas elas exigem a mesma exclusividade", diz o historiador britânico Christopher Catherwood, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

    Foi assim com os judeus, os primeiros monoteístas, que reivindicaram uma aliança especial com Deus há 4 mil anos (leia mais na reportagem da pág. 22). Sua noção de "povo eleito" foi atacada por João Crisóstomo e outros patriarcas da Igreja Católica, que no século 4 qualificaram os seguidores do judaísmo de filhos do Diabo e inimigos da raça humana. Em 325, o 1º Concílio de Nicéia culpou-os pela morte de Jesus - uma acusação só retirada em 1965, no Concílio Vaticano 2º, e que insuflou 2 mil anos de injúrias e matanças. Durante a Inquisição, por exemplo, milhares de judeus foram parar na fogueira; outros tantos se converteram em massa à fé cristã, já que o batismo era a única chance de salvação.

    No século 7, foi a vez de o islã tentar impor a primazia de seu Deus sobre os demais. Os exércitos de Maomé partiram da Arábia para invadir o Oriente Médio, o norte da África e a Espanha. "O objetivo da expansão não era tanto econômico ou político, como no imperialismo ocidental do século 19, mas a conquista em nome da fé, que eles acreditavam ser a verdadeira", diz Catherwood. Reconhecidos como "povos do livro", judeus e cristãos puderam manter sua fé desde que pagassem altos tributos - e, dependendo do governo em exercício, sofriam perseguições.

    Assim, quando o papa Urbano 2º lançou as cruzadas para tentar recuperar a Terra Santa, em 1096, os espanhóis já vinham lutando contra os muçulmanos havia quase 400 anos. Urbano prometeu apagar para sempre os pecados de quem embarcasse na empreitada, que fracassou depois de transformar Jerusalém em um cemitério a céu aberto. "Cabeças, mãos e pés se amontoavam nas ruas", escreveu Raymond de Aguiles, um dos cruzados.

    Em 1215, o 4º Concílio de Latrão proibiu os judeus de exercer funções públicas e os obrigou a usar um distintivo de identificação sobre as roupas - medidas que seriam reeditadas no século 20 por Adolf Hitler e o regime nazista. É certo que o Holocausto foi executado no auge da sociedade moderna e racional. Mas a força motriz do genocídio - o antissemitismo - se nutriu dos mitos religiosos arraigados durante séculos na Europa.

    Da mesma forma, só é possível entender os conflitos dos anos 90 nos Bálcãs tendo em conta as heranças religiosas do passado. No século 14, a região foi invadida pelos turcos-otomanos - o último império muçulmano, que determinava a identidade das pessoas pela religião a que pertenciam. A maioria delas pôde continuar acreditando no Deus do cristianismo, sem os mesmos direitos dos "fiéis". Muitos, no entanto, se converteram ao islamismo - e veio o problema. "Os atuais bósnios muçulmanos descendem daqueles que se converteram durante a conquista turca", diz Catherwood. "Para os sérvios, eles são traidores."

    Cristãos ortodoxos, os sérvios até hoje celebram o ano de 1389 - quando Lazar, chefe das tropas sérvias, morreu enfrentando os muçulmanos e virou mártir. O líder sérvio Slobodan Milosevic invocou esse sacrifício em seus discursos de 1989, acendendo a chama dos confrontos que levariam a uma matança desenfreada.

    Nas palavras do historiador americano Mark Juergensmeyer, da Universidade da Califórnia, a linguagem religiosa tem o poder de "trasladar o conflito humano a uma dimensão cósmica". Traduzindo: no dia-a-dia, não matamos gente; mas, se Deus ordena, podemos. Nesse caso, a violência não seria um ato selvagem, mas o cumprimento da vontade divina.

    Pomos da discórdia
    Um resumo de 4 conflitos recentes, sanguinários e de fundo religioso

    CONFLITO - Judeus x Muçulmanos
    ONDE - Oriente Médio
    QUANDO - Em curso desde 1947
    RESULTADO - Mais de 7,5 mil mortos de 2000 para cá
    O conflito começou como disputa territorial, por causa da criação do Estado de Israel, mas assumiu caráter religioso. Hoje, fundamentalistas judeus e islâmicos são o maior entrave para a paz. Um não aceita a existência do outro e quer varrer o oponente do mapa para sempre.
    CONFLITO - Hindus x Muçulmanos
    ONDE - Índia e Paquistão
    QUANDO - Fim da década de 1950
    RESULTADO - 500 mil mortos
    A violência eclodiu com o fim do domínio colonial britânico sobre a Índia, em 1947. Os muçulmanos se negaram a integrar um país com os hindus, foram à guerra e criaram o Paquistão. De lá para cá, outros dois conflitos já ocorreram, por causa da disputa pela região da Caxemira.
    CONFLITO - Católicos x Protestantes
    ONDE - Irlanda do Norte
    QUANDO - Décadas de 1960 a 1980
    RESULTADO - Quase 4 mil mortos
    A rixa histórica entre cristãos irlandeses descambou para a violência embalada por um componente político: de um lado, a maioria protestante (chamada unionista) quer continuar ligada ao Reino Unido; do outro, a minoria católica (nacionalista) almeja pôr fim ao domínio britânico.
    CONFLITO - Cristãos x Muçulmanos
    ONDE - Bálcãs
    QUANDO - Décadas de 1980 e 1990
    RESULTADO - Mais de 100 mil mortos
    Durante décadas, o ditador comunista Josip Tito manteve as províncias da Iugoslávia unidas à força. Com sua morte, em 1980, o nacionalismo religioso explodiu numa espécie de luta de todos contra todos - incluindo sérvios (ortodoxos), bósnios (muçulmanos) e croatas (católicos).

    Como dizia o grande Christopher Hitchens: "A RELIGIÂO ENVENENA TUDO"!

    fonte:http://super.abril.com.br/religiao/sangue-nome-deus-619248.shtml




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